Prevista para estrear em 2027, a adaptação cinematográfica do livro Quarto do despejo reconstruiu a favela do Canindé nos mínimos detalhes nos estúdios Quanta Rio. Desde os barracos de madeira e papelão aos anúncios e produtos de época espalhados pelo chão de terra batida, tudo foi pensado para dar vida ao lugar onde Carolina Maria de Jesus morou em São Paulo, na década de 1950.
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As filmagens do longa começaram no início de novembro e a atriz Maria Gal foi a escolhida para interpretar Carolina, escritora, cantora, compositora e poetisa mineira. Para fazer o papel, Maria mudou o cabelo, emagreceu 18 quilos e estudou com preparadores de elenco do Brasil e dos Estados Unidos. No entanto, um dos detalhes mais importantes de sua caracterização foi um simples caderninho de aparência gasta e retrô, que reproduz os brochurões em que a autora costumava registrar seu cotidiano.
Há 11 anos, Gal comprou os direitos do livro publicado originalmente em 1960, desde então, a atriz sonhava em transformar o Quarto de despejo em filme. A história narra a vida de Carolina Maria de Jesus na Favela do Canindé, em São Paulo, entre 1955 e 1958, em forma de diário, mostrando a luta diária pela sobrevivência, o trabalho como catadora de papel e suas reflexões sobre a sociedade, a política e o preconceito, denunciando o descaso social e a ausência do Estado.

Com produção de Move Maria (produtora fundada por Gal), Raccord, Buda Filmes e coprodução da Globo Filmes, o projeto conta com Jeferson De na direção, Maíra Oliveira no roteiro e Lílis Soares na direção de fotografia.










