O próximo sábado, 13 de dezembro, marca mais um capítulo importante na disputa pela memória no Brasil.
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Às 11h, no antigo prédio do DOI-Codi/SP local que simboliza décadas de violência de Estado o Núcleo Memória realiza a 3ª Edição do Prêmio Memória e Resistência, reconhecendo duas figuras cuja atuação atravessa dor, luta e compromisso coletivo: Ilda Martins da Silva e Luiz Eduardo Greenhalgh.
Ilda Martins da Silva, viúva do militante Virgílio Gomes da Silva, carrega consigo a força de quem nunca se rendeu ao silêncio imposto pela ditadura.
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Sua história é atravessada pela perda brutal do marido, sequestrado e morto em 1969, mas também pela postura firme de transformar a ausência em denúncia. Ilda tornou-se presença constante em movimentos e iniciativas que cobram justiça, mantendo vivo o legado de Virgílio e de tantos outros desaparecidos políticos.
Já Luiz Eduardo Greenhalgh é um dos advogados mais emblemáticos na defesa dos direitos humanos no país. Desde os anos de chumbo, ele esteve ao lado de famílias destruídas pela repressão e de sobreviventes que buscavam reconhecimento e reparação.
Sua atuação ajudou a construir caminhos institucionais para que a verdade histórica ganhasse espaço e para que as violações do período não fossem apagadas.
Ao promover o prêmio justamente na Rua Tutoia, 921, o Núcleo Memória reafirma a necessidade de ressignificar lugares marcados pela tortura e pela morte.
A cerimônia deste sábado transforma um espaço de violência em palco de homenagem, reflexão e resistência algo essencial em um país onde o passado ainda insiste em ser disputado.









