A síndrome do fear of missing out (FOMO) não poupa nem mesmo os maiores heróis — que o diga Steve Rogers. Com a nova fase do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) trazendo rostos frescos para preencher o vácuo deixado pelos Vingadores originais, é natural que os veteranos sintam a ausência. Chris Evans resumiu bem o sentimento:
“É triste estar de fora. Você sente como se não tivesse sido convidado pra festa.”
LEIA TAMBÉM: HBO anuncia elenco da nova série de Harry Potter e promete adaptação fiel aos livros
Na última segunda-feira (9), em entrevista ao site ScreenRant, Chris Evans, eterno Capitão América, confessou sentir uma mistura de saudade e exclusão ao ver colegas retornando para o próximo filme Avengers: Doomsday. Em conversa com a Entertainment Weekly, o ator afirmou que ainda mantém contato com Robert Downey Jr. — o lendário Tony Stark e novo intérprete de Victor Von Doom — e com os irmãos Russo, diretores responsáveis pela conclusão épica da Saga do Infinito.
Evans desabafou:
“É triste não estar de volta com a banda, mas tenho certeza de que eles estão fazendo algo incrível. E sei que vai ser ainda mais difícil quando o filme sair e você sentir que não foi convidado pra festa.”
Vingador aposentado
Apesar dos rumores e da nostalgia, Chris é categórico ao afirmar que não pretende retornar ao MCU. Em entrevista à revista Esquire, publicada em dezembro de 2024, durante uma reportagem sobre o atual Capitão América, Anthony Mackie, Evans negou os boatos de que voltaria a interpretar Steve Rogers em Avengers: Doomsday, previsto para 2026.
“Isso não é verdade. Esses rumores surgem a cada dois anos”, afirmou o ator, hoje com 43 anos. E completou, com bom humor: “Eu simplesmente parei de responder a isso. Estou aposentado e feliz!”
Além da plateia: o peso da despedida
Steve Rogers foi o papel que alavancou a carreira de Chris Evans e moldou toda uma geração de fãs. Como muitos atores que vivem personagens marcantes por tanto tempo, se despedir do herói é como se afastar de uma parte de si. A melancolia é compreensível — e compartilhada.
A Marvel, por sua vez, reconhece esse apelo emocional e investe na nostalgia: traz Downey Jr. de volta como um novo personagem e aposta novamente na direção dos irmãos Russo. Ainda assim, a proposta atual é clara: construir um futuro com novos protagonistas. A saída definitiva de Evans reforça essa transição. Sua ausência se torna, paradoxalmente, um símbolo da evolução do universo.
O carinho do ator pelo personagem, no entanto, permanece vivo — ainda que manifestado de outras formas.
Um legado que ainda pulsa
Ao encarar a nova fase do MCU como um recomeço, Chris Evans nos lembra que até os super-heróis precisam saber a hora de deixar o passado ir — e isso não os torna menos importantes. O primeiro Vingador pode ter guardado o escudo, mas seu legado continua vibrando nos olhos saudosos dos fãs e na base emocional que sustenta o universo Marvel até hoje.
Sentir saudade é humano — e quando até Steve Rogers sente, entendemos que a verdadeira força de um herói não está apenas em voltar à ação, mas em saber se despedir com dignidade. E isso, sejamos sinceros, também é coisa de Vingador.
Como diria o próprio Capitão América:
Mas, às vezes, a maior força está em saber a hora de parar.
