Sobre os fins que são novos começos

Meu aniversário de 51 anos aconteceu essa semana. Como passou rápido quando eu estava às vésperas dos meus 50 e um tanto ansiosa para saber o que viria. Ahhhh, se eu tivesse que definir esses 365 dias que seguiram o nove de dezembro do ano passado, eu te diria que foi um ano doido demais… Mas uma coisa é certa, eu vi coisas extraordinárias, ouvi histórias bizarras, que eu nem imaginaria que seriam reais, vi términos que são verdadeiros grandes começos.

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Calma que é agora que começa a história. Eu sempre me pergunto o porquê de os fins serem temidos. A morte é o caso clássico, todo ser vivo sabe que vai morrer, mas é um medo insano em imaginar que esse dia chegará. Você começa um projeto, um estudo, um trabalho e sabe que um dia o fim chegará, mas vive todos os dias dessa jornada esperando o fim, sem aproveitar essa linda jornada.

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E aqui vem minha pergunta chave: QUANTO VOCÊ SE ENTREGA AO HOJE?

Em tempos de ansiedade extrema assolando tudo que é pessoa, em idades diferentes, inclusive eu sou uma dessas agoniadas com o nada, sempre paro para pensar em porquê ela chega. A resposta? É porque você não tem certeza do processo, não entrega suas dores à fé de que o seu esforço será recompensado, não se entrega de verdade a ficar feliz com o que de fato chega, porque talvez não seja o que você planejou, mas só chega porque tem que chegar.

Eu te digo: ISSO É EXCESSO DE CONTROLE.

Se existisse uma forma mais leve de ver a vida (e quem sou eu para imaginar isso?), bastaria que olhássemos para a natureza e teríamos a certeza de que o tempo, os movimentos da vida real, te levam sempre para onde devem estar. Veja uma semente, ela pode ser plantada hoje, mas amanhã, com certeza, a flor não terá nascido, mas a gente vai olhar, de forma incoerente, mas mesmo assim vamos…
E as flores que nascem sem nem mesmo terem sido semeadas? Não dependeu da vontade de ninguém, somente a natureza fazendo o seu papel, aquilo que ninguém pode fazer, mas está lá, a mãe maior cumprindo o seu papel.

Ah, Claudia, mas se fosse simples assim, tudo daria certo? E eu te devolvo uma pergunta: Mas será que dar certo para você de fato é como deveria ser?

Às vezes a gente olha para alguma coisa, com nossa visão limitada e pequena, e temos a certeza que o melhor seria isso ou aquilo, mas se pudéssemos ampliar o olhar e ver bem de cima, como um grande drone, isentos de sentimentos pessoais, será que o que desejamos de fato é o melhor?

Eu não tenho resposta certa para a minha pergunta, mas tenho me dedicado a olhar as coisas que estão próximas de mim, em cada passo que eu dou, olho somente para qual pode ser o próximo passo, e tem sido muito bom.

Não venham achando que estou com uma visão estoica demais das coisas, porque não sou fatalista e muito menos acomodada, eu tenho estado na concentração de fazer a minha parte, aproveitar os resultados e partir para a minha próxima aventura. Eu não quero mais somente os resultados, quero viver o processo, sentir aquele quentinho que dá no coração, mesmo que tenha sentido um friozinho na espinha, quero me encontrar em terrenos novos, quero voltar às raízes, porque a árvore é diferente em todos estações, mesmo que no inverno, então, ela pareça morta, não se enganem, logo a primavera chega, carregada de força, mostrando que nem sempre o que parece de fato é, e essa árvore volta a florescer.

E assim, de fim em fim, 2025 vai se encaminhando para um novo fim.

Muitos ciclos se fecharam, muitos términos chegaram. Meu filho terminou o ensino médio, meu ciclo de sofrimento pela menopausa encontrou um tratamento que me levará a um envelhecer melhor, minha visão sobre o trabalho se refinou, amizades vazias ficaram pelo caminho, escolhas que faziam sentido perderam a importância, não quero carregar mais o que me pesa em excesso, somente o que eu consiga carregar…

É um fim de ciclo que começou lá em 2018, com a perda da minha mãe, do emprego que eu amava, do casamento que se esvaiu. No decorrer veio a falta de esperança, uma pandemia maluca que custo acreditar que houve e que já está indo para o sexto ano de seu início, dinheiro escasso, um debater-me sobre as perspectivas da vida, o final da fertilidade feminina…

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Lá se foi um ciclo de 7 anos. Fim de um tempo, mas de fato a completude da ação da soma do 3 do sagrado ao 4 da matéria. E se Deus está negócio, já que 7 é o número perfeito dEle, esse fim é o cumprimento da missão desse ciclo. Saiba, então, que voltar ao início, é voltar à esperança, é começar de novo, de fato novas oportunidades estão aí, elas virão, sempre virão.

Que nossas sementes sejam plantadas. Logo, elas florescerão.

Em tudo, lembre-se que FELICIDADE é uma construção e precisa de um tijolinho todos os dias.

Beijo da Linda para você, até a próxima.

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