Hoje é dia de estreia dessa coluna que fui convidada a fazer e aceitei com muito carinho. E para esse momento eu fiquei pensando.
Aliás, eu tenho pensado muito ultimamente, eu penso muito sempre, não sei como não dá um curto circuito no meu emaranhado chamado cabelo, mas, em especial, pensei forte em uma coisinha: a tal da FELICIDADE.
Além de pensar, também converso, e converso muito, com todo mundo que encontro, no elevador, no mercado, no açougue, com meu filho, sobrinhas, amigos, irmãs, porteiro, alunos, colegas de trabalho, muita, mas muita gente, e tenho percebido uma insatisfação crônica permeando o mundo.
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Insatisfação com o que comem, com o que vestem, com o que conquistam. Se estão empregados, reclamam, se desempregados também… Querem o que então? Estarem empregados ou desempregados? Não cheguei a nenhuma conclusão.
Mas, ainda assim, sem respostas, eu poderia listar mais de 1 milhão de itens que compõem essa insatisfação generalizada, porém, eu não quero.
Porque eu gosto mesmo É DE VER GENTE FELIZ.
Gosto de sorrisos largos, de conquistas suadas, que chegam com difíceis esperas, mas que preenchem por dentro com um calor gostosinho, gosto de pequenos momentos que arrancam suspiros, gosto de abraçar grande, gosto de quem come com gosto, de ouvir o passarinho do meu filho cantando (e o nome do passarinho é O Mais Voador de Todos) e ainda tenho prazer em ter filho criativo, e é claro que eu gosto.
Mas, quem tem um numerário alto na contagem do tempo tem ouvido de tuberculoso e memória de elefante, estava visitando meus guardados da mente quando vieram duas situações.
A primeira, quando um amigo conseguiu ingressos para a Copa (a do Brasil), flora de São Paulo, nem eram para os jogos da seleção canarinho, mas os olhos dele brilhavam como se fossem duas bolas de cristal transparentes, à espera de como seria ver e gravar essa história na memória, para contar para os seus netos, netos esses que, com certeza, levaria décadas para chegarem, já que ainda tinha filhos pequenos, mas ele estava feliz de estar construindo uma história. Me emocionei…
A outra foi um segundo amigo, que me relatou que teve uma terça-feira (qualquer) perfeita em casa, no trabalho, nos estudos, e eu podia sentir, mesmo por mensagem de texto (e aqui ficam as lições de McLuhan, que as emoções também passam pela tela, mesmo sem você ver nenhuma imagem) quanto estava feliz, entusiasmado, pedindo para dividir com alguém um dia tão especial. E eu me senti feliz com ele, e agradecida por partilhar comigo um momento de tamanha emoção…
E depois de tais demonstrações, tão ternas e fortes, afirmo: a felicidade está em cada momento que conseguimos nos sentir aconchegados, sorrindo, mesmo que em silêncio, e ter a certeza que continua valendo a pena o caminho árduo que seguimos pela vida. Felicidade é uma escolha diária e isso é Tesão de Viver.
Beijos da Linda, até a próxima…
5 Comentários
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Lindona <3
No meu ponto de vista temos que experimentar a felicidade como se fosse um prato de comida, e toda vez é um gosto diferente, uma sensação diferente, e não podemos cair na ideia de buscar sentir aquele melhor prato que já comemos na vida, pois, não iremos aproveitar as novas experiências e com isso cria uma falsa sensação de não se sentir feliz, quando no caso, somos nós que não sabemos degustar esses novos pratos de felicidades.
Isso mesmo, Raphael. Não é uma coisa definitiva, depende do momento de vida. O que faz sentido hoje muda amanhã… Fiquei feliz demais com suas considerações. Obrigada.
No meu ponto de vista temos que experimentar a felicidade como se fosse um prato de comida, e toda vez é um gosto diferente, uma sensação diferente e uma receita diferente e não podemos cair na ideia de procurar sentir aquele gosto de felicidade daquele melhor prato que já comemos na vida novamente, pois, não iremos aproveitar as novas experiências e com isso cria uma falsa sensação de não nos sentirmos felizes, quando no caso, somos nós que não sabemos degustar esses novos pratos de felicidades.